segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

and the winner is...??

A 79ª edição dos Óscares, apresentada por Ellen Degeneris, foi a da consagração de Martin Scorsese. Muitas surpresas e momentos televisivos de grande qualidade, marcam esta edição que se pautou pelo reconhecimento à indústria cinematográfica mexicana (16 nomeações ao todo) e também por um tom liberal e aberto.

MELHOR FILME

  • Babel (Alejandro González Iñárritu, Jon Kilik e Steve Golin)
  • The Departed (Graham King)
  • Letters From Iwo Jima (Clint Eastwood, Steven Spielberg e Robert Lorenz)
  • Miss Little Sunshine (David T. Friendly, Peter Saraf e Marc Turtletaub)
  • The Queen (Andy Harries, Christine Langan e Tracey Seaward)

MELHOR REALIZAÇÃO
  • Babel (Alejandro González Inarritu)
  • The Departed (Martin Scorsese)
  • Letters From Iwo Jima (Clint Eastwood)
  • The Queen (Stephen Frears)
  • United 93 (Paul Grenngrass)

MELHOR ACTOR PRINCIPAL
  • Leonardo DiCaprio (Blood Diamond)
  • Ryan Gosling (Half Nelson)
  • Peter O'Toole (Venus)
  • Will Smith (The Pursuit of Happiness)
  • Forest Whitaker (The Last King of Scotland)

MELHOR ACTRIZ PRINCIPAL
  • Penélope Cruz (Volver)
  • Judi Dench (Notes on a Scandal)
  • Helen Mirren (The Queen)
  • Meryl Streep (The Devil Wears Prada)
  • Kate Winslet (Little Children)

MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO
  • Alan Arkin (Miss Little Sunshine)
  • Jackie Earle Haley (Little Children)
  • Djimon Hounsou (Blood Diamond)
  • Eddie Murphy (Dreamgirls)
  • Mark Wahlberg (The Departed)

MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA
  • Adriana Barraza (Babel)
  • Cate Blanchett (Notes on a Scandal)
  • Abigail Breslin (Little Miss Sunshine)
  • Jennifer Hudson (Dreamgirls)
  • Rinko Kikuchi (Babel)

MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL
  • Babel (Guillermo Arriaga)
  • Letters from Iwo Jima (Iris Yamashita e Paul Haggis)
  • Miss Little Sunshine (Michael Arndt)
  • Pan's Labyrinth (Guillermo del Toro)
  • The Queen (Peter Morgan)

MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO
  • Borat Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan (Sacha Baron Cohen, Anthony Hines, Peter Baynham, Dan Mazer e Todd Phillips)
  • Children of Men (Alfonso Cuarón, Timothy J. Sexton, David Arata, Mark Fergus e Hawk Ostby)
  • The Departed (William Monahan)
  • Little Children (Todd Field e Tom Perrotta)
  • Notes on a Scandal (Patrick Marber)

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
  • After the Wedding (Dinamarca)
  • Days of Glory (Argélia)
  • The Lives of Others (Alemanha)
  • Pan's Labyrinth (México)
  • Water (Canada)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÂO
  • Cars (John Lasseter)
  • Happy Feet (George Miller)
  • Monster House (Gil Kenan)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
  • Deliver us from Evil (Amy Berg e Frank Donner)
  • An Inconvenient Truth (Davis Guggenheim)
  • Iraq in Fragments (James Longley e John Sinno)
  • Jesus Camp (Heidi Ewing e Rachel Grady)
  • My Country, My Country (Laura Poitras e Jocelyn Glatzer)

MELHOR MONTAGEM
  • Babel (Stephen Mirrione e Douglas Crise)
  • Blood Diamond (Steven Rosenblum)
  • Children of Men (Alex Rodríguez e Alfonso Cuarón)
  • The Departed (Thelma Schoonmaker)
  • United 93 (Clare Douglas, Christopher Rouse e Richard Pearson)

MELHOR FOTOGRAFIA
  • The Black Dahlia (Vilmos Zsigmond)
  • Children of Men (Emmanuel Lubezki)
  • The Illusionist (Dick Pope)
  • Pan's Labyrinth (Guillermo Navarro)
  • The Prestige (Wally Pfister)

MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA
  • Dreamgirls (John Myhre e Nancy Haigh)
  • The Good Shepherd (Jeannine Oppewall, Gretchen Rau e Leslie E. Rollins)
  • Pan's Labyrinth (Eugenio Caballero e Pilar Revuelta)
  • Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest (Rick Heinrichs e Cheryl Carasik)
  • The Prestige (Nathan Crowley e Julie Ochipinti)

MELHOR BANDA-SONORA
  • Babel (Gustavo Santaolalla)
  • The Good German (Thomas Newman)
  • Notes on a Scandal (Philip Glass)
  • Pan's Labyrinth (Javier Navarrete)
  • The Queen (Alexandre Desplat)

MELHOR GUARDA-ROUPA
  • Curse of the Golden Flower (Yee Chung Man)
  • The Devil Wears Prada (Patricia Field)
  • Dreamgirls (Sharen Davis)
  • Marie Antoinette (Milena Canonero)
  • The Queen (Consolata Boyle)

MELHOR CARACTERIZAÇÃO
  • Apocalypto (Aldo Signoretti e Vittorio Sodano)
  • Click (Kazuhiro Tsuji e Bill Corso)
  • Pan's Labyrinth (David Martí e Montse Ribé)

MELHOR CANÇÃO
  • An Inconvenient Truth ("I Need to Wake Up" - Melissa Etheridge)
  • Dreamgirls ("Listen" - Henry Krieger, Scott Cutler e Anne Preven)
  • Dreamgirls ("Love You I Do" - Henry Krieger e Siedah Garrett)
  • Cars ("Our Town" - Randy Newman)
  • Dreamgirls ("Patience" - Henry Krieger e Willie Reale)

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS VISUAIS
  • Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest (John Knoll, Hal Hickel, Charles Gibson e Allen Hall)
  • Poseidon (Boyd Shermis, Kim Libreri, Chas Jarrett e John Frazier)
  • Superman Returns (Mark Stetson, Neil Corbould, Richard R. Hoover e Jon Thum)

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS SONOROS
  • Apocalypto (Sean McCormack e Kami Asgar)
  • Blood Diamond (Lon Bender)
  • Flags of our Fathers (Alan Robert Murray e Bub Asman)
  • Letters from Iwo Jima (Alan Robert Murray e Bub Asman)
  • Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest (Christopher Boyes e George Watters II)

MELHOR SOM
  • Apocalypto (Kevin O'Connell, Greg P. Russell e Fernando Cámara)
  • Blood Diamond (Andy Nelson, Anna Behlmer e Ivan Sharrock)
  • Dreamgirls (Michael Minkler, Bob Beemer e Willie Burton)
  • Flags of our Fathers (John Reitz, Dave Campbell, Gregg Rudloff e Walt Martin)
  • Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest (Paul Massey, Christopher Boyes e Lee Orloff)

MELHOR CURTA-METRAGEM
  • Binta and the Great Idea (Javier Fesser e Luis Manso)
  • Éramos Pocos (Borja Cobeaga)
  • Helmer & Son (Søren Pilmark e Kim Magnusson)
  • The Saviour (Peter Templeman e Stuart Parkyn)
  • West Bank Story (Ari Sandel)

MELHOR ANIMAÇÃO DE CURTA-METRAGEM
  • The Danish Poet (Torill Kove)
  • Lifted (Gary Rydstrom)
  • The Little Matchgirl (Roger Allers e Don Hahn)
  • Maestro (Géza M. Tóth)
  • No Time for Nuts (Chris Renaud e Michael Thurmeier)

MELHOR DOCUMENTÁRIO DE CURTA-METRAGEM
  • The Blood of Yingzhou District (Ruby Yang e Thomas Lennon)
  • Recycled Life (Leslie Iwerks e Mike Glad)
  • Rehearsing a Dream (Karen Goodman e Kirk Simon)
  • Two Hands (Nathaniel Kahn e Susan Rose Behr)

5 comentários:

Hugo Carvalho disse...

falhaste todas as tuas apostas!

Costa disse...

Falhei muitas... mas falho sempre!
Algumas eram obvias eu é que fui teimoso. Era mais que certo que a Helen Mirren ia ganhar o Óscar, mas eu estava a apontar para uma suspresa. A Kate Winslet ia na 5ª nomeação e é uma actriz que cresceu muito e começa já a merecer uma distinção de vulto.

Nunca pensei que o Forrest Whitaker ganhasse o Óscar e eu até sou fã dele (no CRYING GAME está simplesmente fabuloso) e parece que neste THE LAST KING OF SCOTLAND está surpreendente. Mas a nomeação de dois actores negros parecia-me indicar que nenhum iria ser premiado. OK, nomeamos dois negros, já é prémio que chegue, agora vamos supreender. Qualquer um dos outros 3 podia ganhar, eu apostava secretamente em Ryan Gosling. É um jovem actor brilhante. Mas julgava sinceramente que o Óscar iria finalmente para o O'Toole.

Mas o mais importante era conseguir adivinhar se iria ou não ser o ano do Scorsese. A partir daí as apostas mudam. Eu julguei que mais uma vez ele iria ser ignorado pela Academia. Por um lado fico contente, porque Scorsese já merecia há muito tempo esta distinção, mas este DEPARTED não é tão bom como outros filmes dele...
Sabendo q este é o ano de Scorsese já se sabe que os prémios de realização, argumento e montagem são quase certos, como o foram...

É sempre uma lotaria, já se sabe...

Só houve dois prémios que me irritaram profundamente...

o CARS devia ter sido o vencedor, sem dúvida alguma. o HAPPY FEET é giro sim senhor, mas está longe de ter o brilho técnico e artístico das obras de John Lasseter. E este CARS é fabuloso...

E depois o prémio para a Melhor Actriz Secundária. Nem sei como descrever... o papel da Cate Blanchet no NOTES ON A SCANDAL é soberbo até mesmo a miída do MISS LITTLE SUNSHINE merecia mais o prémio que a Jennifer Hudson. Mas lá arranjaram maneira de dissimuladamente homenagear a Diana Ross...

Hugo Carvalho disse...

O que me impressiona é a forma como estes prémios são capazes de despertar sentimentos de alegria ou raiva nas pessoas.
Não percebo muito bem porquê, até porque a forma como nós (não americanos) vimos o cinema é comletamente diferente dos americanos, ou pelo menos os membros da academia. Mais do que prémios justos, os Oscares são prémios que valorizam os lobbys da indústria.
De forma que vale mais pelo espectaculo do que propriamente pelos filmes que vencem.
Por vezes é feita justiça.
Este ano, apesar de tudo, acho que o Departed venceu bem, até que foi o filme que mais gostei dos 5 nomeados. Mas lá está, a Academia tem uma tendência para não perceber quais os filmes que se vão tornar clássicos. E então o filme vencedor, na maior parte das vezes é filme que o tempo renega para o esquecimento, enquanto os derrotados são marcos do cinema. Filmes como Pulp Fiction e Todos Bons rapazes que marcam o cinema americano não foram entendidos como tal na altura dos oscares quando todos os apreciadores de cinema já tinham percebido isso. Aliás estes filmes perdem para Forrest Gump e, imagine-se, Danças com lobos.
Ouve um crítico qualquer que disse, e muito bem, que se alguém quisesse perceber a história do cinema e tomasse os oscares como base, passava completamete ao lado daquilo que é o cinema.

Costa disse...

Tens razão em tudo o que disseste, mas deixa-me acrescentar que a Academia, mais do que uma plataforma lobbyista, ela serve como elemento perpetuador da própria industria.
Quando surgiu, a Academia tinha como objectivo fazer a apologia da própria indústria, mostrá-la ao mundo e auto-promover-se.
Ao longo dos anos a cerimónia dos óscares assumiu uma importância tal, que foi presendo esse carácter propagandístico e assumiu-se como uma montra dos grandes lobbys da indústria.
Ainda assim, por vezes vai-se fazendo justiça.

Quanto ao DEPARTED. É de facto um bom filme, mas este ano havia melhor. Acabei de ver este FdS o LITTLE MISS SUNSHINE e fiquei maravilhado... uma pequena obra-prima!

soledade disse...

Costa, depois da aula, a minha opinião. :)

Fico chocado com a forma como alguns filmes não saem vencedores!
Nunca o Lost in Translation poderia NÃO ganhar o oscar. É demasiado bom. Premeia-se demasiado a prosa (gladiador, titanic...) ao invés da poesia.

Quanto ao danças com lobos não posso concordar com o Hugo. É, para mim, um filme brilhante. o Departed, vencedor deste ano e que eu vi, ao contrário de outros nomeados que não tive a oportunidade de ver, pareceu-me um bom filme, mas pouco mais que isso. Enfim, gostos. Sou europeu, PRINCIPALMENTE, nos gostos. Ainda bem.